Fomos direto para a barraca lituana, o objetivo principal de nossa excursão. Diante dos preços módicos, pedi quase tudo de uma vez. Deixei de fora o pepino, por conta do tamanho (era um pepino grande inteiro em conserva!) e o tal do Krustai, que são massas fritas polvilhadas com açúcar. Ficam para a próxima...
Começamos os trabalhos pelo Krupnikas, um doce licor de mel, que um senhor ao nosso lado sorvia com muito gosto.
Pedimos então tudo o resto. A pessoa que nos atendeu foi bastante simpática e fez questão de explicar um a um o que estávamos comendo!
O Virtinai é uma massa recheada, um ravióli, com um molho branco. Podem ser de carne ou ricota. Pedimos a primeira opção. Estava ótimo, al dente e saboroso!
O melhor para mim foi o repolho com linguiça e pão preto. Me fez lembrar da viagem a Estônia que fiz alguns anos atrás. O país vizinho possui gastronomia bastante semelhante e era o tipo de comida que comia diariamente (café, almoço e jantar)! Gosto do aroma de cereais do pão, a doçura do vegetal e a gordura do embutido!
O Kugelis, uma massuda torta de batatas, estava levemente queimada e seca. Assim mesmo estava bom. Ora, como é que se faz uma mistura de batatas com bacon ficar ruim?
Sardinhas marinadas... Muitos não gostam, por conta do gosto forte do peixe. Eu adoro. Principalmente agora, quando estão gordas e bonitas, em plena estação. Um sujeito ao meu lado dizia que estariam melhor tivessem mais tempo para deixá-las marinando mas, como bom japonês que sou, não poderia concordar. Seria um desperdício deixar um peixe de boa qualidade sob cocção à frio por tanto tempo!
Finalizamos como Koseliena, a gelatina de carne. Esse prato é para os mais fortes... Eu mesmo comi apenas metade. Apesar de saboroso, é intenso e gorduroso, típico de lugar que faz frio. As carnes são cozidas com ossos; o caldo é coado e clarificado; desfia-se a carne, junta-se ao caldo e esfriado, tornando-se uma gelatina. Certamente não é das coisas que mais gosto...
Gostei muito da cozinha rústica e saborosa que encontrei na barraca da Lituânia! Sei que a cozinha do imigrante é diferente da de seu país de origem, mas é por isso que acho tão especial e autêntico. Traz as memórias, tristes ou felizes, de um povo enfrentando o novo.
Certamente voltarei o ano que vem!
Mais comilança no próximo post!